Mestre,
muitas vezes ao chegar em casa, após trabalhar no Templo, com grandes e
harmoniosas realizações espirituais, deparo-me com o marido de cara amarrada, o
filho desobedecendo ou algum outro fato gerando uma total desarmonia dentro do
lar. Como é possível? Não deveria ser o contrário?
Minha
Estimada irmã, Salve Deus!
Nossa
vida baseia-se em equilíbrio... E nosso equilíbrio não se dá pela balança tradicional
de dois pratos, que vemos representada nas figuras. Nossa balança de equilíbrio
tem três pratos: espiritual, emocional e material.
Para
que se posicione: Espiritual – Seus trabalhos na Lei do Auxílio, as orações,
o perdão e o amor condicional; Emocional – As coisas da alma e da
mente, suas emoções, sentimentos e pensamentos, a família; Material – Cuidados
com o corpo físico, a vida econômica, trabalho, e tudo mais que envolva a parte
física do encarnado.
Qualquer
área que seja esquecida, ou qualquer uma delas que seja priorizada em
detrimento das outras, leva ao desequilíbrio e suas nefastas conseqüências.
Não
podemos trabalhar espiritual e esquecer a família e o trabalho material. Tão
pouco dedicarmo-nos à vida familiar, sem priorizar o conforto proporcionado
pelo trabalho material e a harmonia da vida espiritual. O mesmo desequilíbrio
se dá quando nos dedicamos aos ganhos materiais, esquecendo a educação dos
filhos e da vida espiritual (pequenos exemplos apenas, há muito mais).
Temos
que ter pesos que sejam colocados de maneira a manter uma vida que atenda a
todas estas prioridades. O emocional tem que estar bem, com a família, com o
coração... O material tem que estar progredindo e garantindo a necessária
tranquilidade, para dar tempo ao espiritual que complementa esta balança.
Nada
adianta trabalhar espiritualmente e deixar a família abandonada, esperando...
Os filhos sem ajuda no dever de casa, a esposa com ciúmes pelos horários de
retorno, ou o esposo mal cuidado e sem jantar após um dia que dedicou seu
trabalho pelo bem da família. Não podemos dedicar ao trabalho espiritual e
esquecer as responsabilidades materiais que garantem nosso sustento e o
conforto que sim, merecemos! Temos que trabalhar ou dedicar-se da mesma maneira
em procurar o emprego. Temos que dar atenção e afeto aos que nos são confiados.
Temos que ter no trabalho espiritual a representação da caridade e
desprendimento em favor do próximo, pois vamos ao templo não para arrumar nossa
vida ou para nossa família melhorar. Vamos ao Templo exclusivamente para
praticar a caridade e nos doar aos outros. Somente receberemos bônus
espirituais, de acordo com nossa sintonia, intenções e merecimento, e estes de
nada servirão para nossa vida material ou emocional.
Somos
seres tríplices e esta triplicidade tem que ser aceita e respeitada, sob pena
do desequilíbrio daninho em qualquer um dos pratos da balança.
Deixo
estas palavras, ainda sem correção, que se tornarão um novo texto, para sua
reflexão e conclusão pessoal.
Um
fraterno abraço,
Extraído do Acervo do Exílio do Jaguar - Mestre Kazagrande
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