Sempre se considerou, até o esclarecimento da mediunidade do Doutrinador, que médium era quem incorporava, via e/ou ouvia espíritos.
Na verdade, a mediunidade de incorporação é um fenômeno natural e observado deste os mais remotos temos da história da humanidade.
O médium de incorporação acumula a energia produzida em excesso (fator que efetivamente caracteriza um médium) na região do plexo solar, com o sangue afluindo com maior pressão nessa região, empobrecendo a irrigação cerebral e, com isso, amortece os principais sentidos (lembremos que o fator ectoplasmático está intimamente ligado ao sangue e fluidos corporais e verbais).
Quando chega ao Mediunismo, o Incorporador nato apresenta incômodos na parte inferior do corpo, principalmente no aparelho digestivo, rins, bexiga e outros órgãos energizados pelo plexo solar e circunvizinhos.
É muito comum, também, apresentarem incômodos na coluna.
Como conseqüência direta desses males, ele sofre cronicamente de dores de cabeça, tonturas e sintomas semelhantes.
Psicologicamente os sintomas são de fobias, alucinações, insegurança, irritabilidade, emotividade exagerada e até histeria.
A primeira medida, no seu desenvolvimento, é fazê-lo sintonizar com o seu Mentor. Ele é a garantia do equilíbrio do médium.
Convida-se o candidato a se concentrar, de olhos fechados, de pé, e a respirar profundamente. Mediante a aplicação das mãos, da cabeça para baixo, sem o tocar, o Doutrinador magnetiza o aparelho. Esse trabalho deve ser acompanhado de leve hipnose, através de palavras repetidas. Pede-se ao médium que imagine seu Mentor, e vai-se sugerindo sua presença, mediante chaves próprias.
Na maioria dos casos, o médium incorpora na segunda ou na terceira tentativa. Se ele apresentar sintomas de angústia, deverá ser submetido a uma enfermagem, na mesa mediúnica, e voltar ao processo.
Assim que o médium se habituar a incorporar o seu Mentor, sempre que for solicitado, e na presença de um Doutrinador, ele deve ser encaminhado à mesa e ali incorporar sofredores, assistido pelos Doutrinadores.
Extraído do Acervo do Exílio do Jaguar – Mestre Kazagrande
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