Existem, no Egito, ruínas de uma antiga cidade - Tell-El-Amarna - que foi construída pelo faraó Amenófis IV, da XVIII Dinastia, e se tornou o centro político e religioso de importante fase de implantação do culto ao Sol, liderado pelo faraó, que mudou seu nome para Akinaton ou Akhenaton.
O faraó subiu ao trono com 12 anos, fazendo um governo conjunto com seu pai e se casando com uma princesa de origem até hoje incerta, chamada Nefertiti.
Desde cedo Amenófis IV se mostrou contrário ao culto de Amon, predominante tanto no Baixo como no Alto Egito, e procurou templos onde havia sobrevivido o culto a Aton, antiga divindade regional, que tinha o Sol como o único e verdadeiro poder criador.
Quando foi coroado como novo faraó, Akinaton escolheu o Templo do Sol, em Hermontis, para a cerimônia, causando problemas com os sacerdotes, que sempre faziam as coroações em Tebas, a capital, no Templo de Amon.
Junto com Nefertiti, Akinaton iniciou seu governo de forma surpreendente, realizando uma cerimônia ("sed") que só era feita pelos faraós após vários anos de reinado, para revitalizar suas forças mágicas e renovar suas energias, inaugurando um templo em Tebas para culto ao Sol, logo que assumiu o comando sem compartilhá-lo com seu pai.
Logo iniciou a rápida construção de uma nova capital para o Egito, em uma planície às margens do Nilo, bem arborizada e com muitas nascentes de água cristalina. Esse novo centro político e religioso receberia o nome de Akhetaton - "O horizonte de Aton".
Por volta de quatro anos de trabalhos, a nova cidade recebeu a mudança do faraó, que informou que ali estava estabelecido um culto único a Aton, Deus-Sol do qual ele seria o sumo sacerdote. Anunciou que o nome da capital seria mudado para Akhenaton ("Aton está satisfeito").
Estava implantada a idéia do deus único e a dedicação do faraó e da rainha ao bem-estar dos súditos e, especialmente, das famílias, enquanto os sacerdotes e os inimigos externos do Egito maquinavam a destruição do império.
A principal obra da nova capital era o Templo de Aton, onde havia um recinto sagrado, o Oráculo de Aton, ao qual só o sumo sacerdote - o próprio faraó - tinha acesso. Quem ousasse querer entrar ali seria morto instantaneamente pela proteção mágica do local. O templo não tinha cobertura, para que o Sol pudesse banhar todos os que ali estivessem, inclusive uma grande quantidade de alimentos que era distribuída ao povo carente.
O faraó mudou seu próprio nome para Akinaton, e, junto com Nefertiti, realizou uma importante obra de unificação, embora, pelas distâncias e dificuldades de comunicação, o povo continuasse politeísta, adotando Aton apenas como mais um deus.
Após viver ao lado do faraó por quinze anos, Nefertiti foi para Tebas, temendo ser morta nos complôs que foram tramados pelos sacerdotes e pelos generais, retornando ao palácio real, onde viveu por mais três anos, com a filha e o genro que se tornou faraó, Tutankamon.
A cidade de Akhenaton foi desativada e abandonada, sendo arrasada pelo general Horemheb, que foi sagrado faraó em 1335 AC, dando continuidade ao culto de Amon, e com quem se extinguiu aquela dinastia, dando início à XIX, a grandiosa dinastia dos Ramsés.
O trabalho de Akinaton, embora abandonado pela maior parte dos egípcios, sobreviveu. Como Amon era o deus, foi acrescido da partícula Ra, que significa o Sol, dando a designação AMON-RA.
Raio derivado de ATON (*), Raiz de Simiromba, o poder de Akinaton age de modo concentrado no Leito Magnético e em trabalhos de elevado grau de realização, como o Turigano e a Estrela de Nerhu. Não se desloca sem uma grande razão, pois concentra forças muito intensas, que devem ser manipuladas apenas em locais onde haja grande concentração de médiuns e uma força magnética animal muito ativada, para que lhe permita se deslocar plenamente. Tem todo o poder de Amon-Rá, e se projeta no chakra coronário do médium, fornecendo-lhe toda a energia para realizar eficiente e eficazmente seu trabalho.
É uma grande energia, gerando força desobsessiva, curadora e geradora. Através dela se manipulam todas as outras energias que cheguem ao trabalho ao qual está em ação.
Akinaton também rege as amacês que conduzem os espíritos sofredores para o Canal Vermelho. O faraó Akinaton foi o representante, na Terra, desse Raio, tal como, hoje, os Arcanos representam seus Ministros.
A força de Amon-Rá continuou sendo conhecida e manipulada através dos séculos, e chegou até nós, no Vale do Amanhecer.
Extraído do Acervo do Trino Tumarã – Mestre José Carlos
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